É por conta dos pontos mostrados que trazemos abaixo algumas orientações cruciais para uma mudança brutal em sua relação de consumo.
1. Saiba qual é a real situação das suas finanças
O primeiro passo para organizar a vida financeira é saber qual é a real situação das suas finanças. Analise seu extrato bancário, a fatura de cartão de crédito e outras entradas e saídas da conta.
Descubra se você gasta mais do que ganha e, principalmente, em que categorias do orçamento estão suas principais despesas.
Nessa análise, não deixe de prever também os gastos futuros, como impostos, e possíveis dívidas.
Depois de saber exatamente para onde está indo seu dinheiro e se as finanças estão em equilíbrio (com as receitas superando as despesas), você pode traçar um plano de ação para sua vida financeira.
Considere, por exemplo, metas de gastos para cada categoria do orçamento e previsão de quanto terá disponível para investimento. Esse diagnóstico é o passo zero para alcance de um nível mínimo de organização financeira.
2. Não toque em seu cartão sem que isso seja documentado em sua planilha
A planilha de finanças pessoais será sua bússola e, ao mesmo tempo, sua bíblia financeira. É a ela que você recorrerá sempre que acreditar que precisa comprar algo.
A resposta definitiva deverá vir de sua liquidez, do quanto em dinheiro está previsto sobrar no fim do mês (sem comprometer seus 30% destinados a investimentos, sobre os quais falaremos mais tarde).
Do cafezinho à cervejinha do happy hour, absolutamente tudo deve ser documentado em sua planilha de organização financeira.
Transferir todos os seus rastros financeiros para o papel (ou planilha) é etapa imprescindível para mudar o destino de sua vida patrimonial.
3. Gaste menos do que ganha
Depois de fazer uma análise cuidadosa das finanças, é hora de partir para ação. Se suas receitas superam os custos, boa notícia! Agora é trabalhar para manter o equilíbrio e sua organização financeira.
Já quem gasta mais do que ganha não pode perder tempo: é preciso cortar despesas e/ou aumentar as entradas em conta a fim de reverter esse quadro.
O ideal é aprender a viver apenas com 70% dos seus rendimentos; o restante, ou seja, os 30% sobre os quais comentamos, deve ser destinado a investimentos de longo prazo (como previdência privada) ou proteção financeira (como seguro de vida).
No geral, há muitos gastos que podem ser cortados ou reduzidos, como:
• idas a bares e a restaurantes;
• despesas com cuidados pessoais, como tratamentos estéticos e academia;
• compras de supérfluos, como maquiagem, roupas e outros itens não essenciais no dia a dia.
Não é preciso abrir mão de coisas que dão prazer. Mas que tal optar por alternativas mais baratas e priorizar aquilo que é realmente importante (em prol de sua organização financeira)? Assim, você vai voltar a ter as finanças em dia.
Por exemplo, você pode caminhar no parque em vez de pagar academia, ou encontrar os amigos em casa em vez de sair.
4. Gaste menos do que ganha
Quem está endividado precisa ter como prioridade número um acabar com os débitos em aberto. Se está com pagamentos em atraso, busque os credores para propor uma renegociação.
O ideal é começar pelas dívidas que cobram taxas e juros altos, como o cheque especial. Se necessário, cogite vender algum bem para se ver livre de débitos.
Também é possível pegar um empréstimo que cobre taxas mais baixas para melhorar sua organização financeira (como um consignado).
5. Estude… muito
Você sabe qual a relação entre taxa de juros e inflação? Sabe como esses dois indicadores impactam os investimentos? E quanto às aplicações em renda fixa e variável, como cada uma se beneficia de cada cenário econômico?
Se não tem certeza das respostas, sua missão para reordenar suas finanças pessoais passa por estudar o mercado financeiro.
Conheça os principais investimentos e os gatilhos de volatilidade. O objetivo é saber aonde alocar os 30% de seus rendimentos para multiplicar seu capital no longo prazo.
6. Crie um fundo de emergência
Um passo essencial para manter as finanças em dia é ter uma reserva para imprevistos, como um problema de saúde na família, um eletrodoméstico quebrado ou uma viagem de emergência.
Ao poupar para criar um fundo de emergência, você consolida sua organização financeira e evita ter que se descapitalizar ou pedir empréstimo caso tenha que lidar com algum imprevisto.
Crie a reserva com uma quantia equivalente a três meses de despesas mensais, pelo menos. Aplique-a em um investimento que permita retirar o dinheiro a qualquer momento sem perder rentabilidade.
7. Defina objetivos financeiros
Outra dica importante para ter uma vida financeira equilibrada é definir quais são seus objetivos de curto, médio e longo prazo.
Isso varia de pessoa para pessoa e, entre as possibilidades, estão dar entrada em um apartamento, fazer um MBA ou ter renda compatível com a atual na aposentadoria, por exemplo.
Os objetivos em seu mapa de organização financeira podem mudar de tempos em tempos.
No entanto, ter com clareza cada um deles na mente ajuda a tomar as melhores decisões. Assim, você sabe que todos os sacrifícios que faz — como reduzir gastos com lazer — são em nome de um propósito maior.
8. Estabeleça metas de gastos
Organização financeira
Ter um plano financeiro em mãos é uma das melhores formas de garantir que suas finanças estão sob controle.
Nesse sentido, um passo importante é considerar, no seu planejamento, uma meta de gastos para cada categoria do orçamento. Isso garante que você não terá despesas mais altas do que pode assumir no futuro.
Comece pelas despesas essenciais e fixas, como parcela do financiamento ou aluguel, mensalidade da escola etc. Em seguida, liste gastos
como contas de consumo.
Depois, foque prioridades como parcelas de dívidas ou investimentos. Distribua o dinheiro que sobrou pelas categorias relativas ao estilo de vida, como viagens, roupas e afins.
Além de criar as metas, é essencial acompanhá-las ao longo do mês para saber se está conseguindo manter sua organização financeira dentro do que estipulou. Caso gaste mais do que o previsto em alguma área, busque compensar em outra para que as finanças fiquem em equilíbrio.
9. Pesquise preços
Uma vida financeira equilibrada passa por fazer escolhas inteligentes no dia a dia. Um passo importante para alcançar esse objetivo é sempre pesquisar preços antes de efetuar qualquer compra.
Criar esse hábito evita que você gaste dinheiro desnecessariamente em itens que poderiam ser encontrados por um valor menor em outro lugar.
A internet é uma grande aliada. Use ferramentas como Buscapé e Google Shopping para pesquisar preços e não hesite em pechinchar caso encontre o mesmo produto por um valor mais baixo em outro lugar.
Para gastar menos, pagar à vista é uma excelente opção, inclusive porque muitas empresas oferecem descontos que podem chegar a 20% para quem escolhe essa forma de pagamento.